terça-feira, 11 de setembro de 2012







E.E.Ensino Fundamental Mirko Laufer nos festejos Farroupilha em 2011. Passinhos- Osório-RS
Já esta chegando a Semana Farroupilha, os Gaúchos estão ansiosos.  






segunda-feira, 25 de junho de 2012

Está imagem é um pedaço do meu Rio Grande do Sul.
Sugestões de atividades:
Saída  a campo: Parque de Rodeio( onde pode ser visualizado um pouco da cultura gaúcha).
Pesquisar as curiosidades, vestimentas, culinária, música, literaturas entre outras.
Assistir a filmes.
Convidar um patrão de CTG, para expor seu conhecimento para as crianças.
Utilizar a culinária como instrumento de aprendizagem.
Trabalhar jogos e brincadeiras ligadas a cultura gaúcha.

Gíria Gaúcha


Gíria é uma linguagem usada por determinados grupos que os define e exitem vários tipos. As gírias Gaúchas são criadas com intuito de fazer humor, segredo, facilitar o entendimento ou até mesmo distinguir um grupo dos demais.Aqui vão algumas gíria de Gaúcho. 1. Guri – Menino 2. Naco – Pedaço 3. Tererê – Chimarrão com Água Fria 4. Pilcha – vestimenta gaúcha 5. De cara – Chocado 6. Tchê – Surpresa 7. Taita – Destemido 8. Baia – Casa 9. Baita – Grande 10. De canto – DiscretamenteTCHÊ: Gente, essa interjeição expressa um pouco de tudo: raiva, surpresa, alegria, ... Não é muito usada por jovens, mas sim por pessoas mais velhas e do sexo masculino. BAH! : Exprime espanto. Bah! Muito usada por todos os gaúchos. TRI LEGAL: Quando algo é bom, é legal; quando é muito bom, é Tri Legal! Muito usada por jovens. ACOAR: Latir, ladrar. CUSCO/GUAIPECA: Cão pequeno, de raça ordinária. DAR UMA FACADA: Pedir dinheiro emprestado. DAR UMA CHAMADA: Passar uma advertência. DEITAR O CABELO: Fugir à disparada. DE VEREDA: Imediatamente, de repente. EMBROMAR: Levar muito tempo para fazer alguma coisa. EM CIMA DO LAÇO: Imediatamente, em seguida. ESTICAR A CANELA: Morrer. GAITADA: Gargalhada. GAUCHADA: Façanha de gaúcho. GURI/GURIA: menino JUNTAR OS TRAPOS: Casar. LAMBANÇA: Bate-boca; bagunça. MATAR CACHORRO À GRITO: Andar sem dinheiro, desempregado. NO MATO SEM CACHORRO: Em dificuldades. POVARÉU: Multidão de pessoas. QUEBRA-COSTELA: Abraço muito apertado. DE MALA E CUIA: Viajar com muitos pertences.
BAGUAL: Idiota.Esse dicionário é quase perfeito:Alemoa: loura Atorá: cortar Atucanado: ocupado, atarefado Baita: grandeBem Capaz: jamais, negação enfatizada
Camassada de pau: apanhar
Campiá: procurar
Capaz: verdade?
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Cóça de laço : apanhar
Crêendios pai: exclamação quando algo dá errado
De revesgueio: de um tal jeito
Fincá: cravar
Garrão: calcanhar
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínôzá: amarrar (já viu palavra com todas as sílabas com acento?)
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de lã ou de nylon
Jóssa: coisa
Judiá: mal tratar
Kakedo: pessoas que não valem nada
Lagartiando: ficar exposto ao sol, principalmente nos dias frios.
Malinducado: mal educado
Paiêro: fumo de palha
Pânca: modo de se portar, por exemplo: panca de motoqueiro
(jeito de motoqueiro)
Pare, home do céu: parar, o mesmo que ‘se par de bobo’ e deusolivre home’.
Pardal: radar fixo
Pestiado: com alguma doença
Pexada: acidente
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que podá
Pozá: dormir em algum lugar
Rancho: compra do mês
Relampejando: trovejando
Resbalão: escorregar
Sinalêra: semáforo
Táio: corte
Tchuco: bêbado
Trupicá: tropeçar
Tri atucanado: muito ocupado
Tunda de laço : apanhar
Vortiada: passeio

Cagar a pau: bater
Ximia: doce de passar no pão


Literatura
 Estes são alguns livros que contam a história do nosso Rio Grande do Sul!!! 
Na lista a seguir não possui textos exclusivamente tradicionalistas, mas que descrevem a história deste Rio Grande nesta lista são somente algumas obras que descrevem a história do Rio Grande do Sul.
·    O Tempo e o Vento - Érico Veríssimo
·    Um Castelo no Pampa - Luiz A. de Assis Brasil
·    Contos Gauchescos e Lendas do Sul - Simões Lopes Neto
·    Estrada Nova - Cyro Martins
·    Fronteira Oeste - Ivan Pedro de Martins
·    Canga - Carlos Nejar
·    Romance no Rio Grande - Reynaldo Moura
·    A Ferro e Fogo - Josué Guimarães
·    A Fisionomia do Rio Grande do Sul - Pe. Balduíno Rambo
·    Viagem ao Rio Grande do Sul - Auguste de Saint-Hilaire
·    A História da Literatura do RS - Guilhermino César
·    A História Constitucional do RS - Vítor Russomano
·    O Trabalho Alemão no RS - Leonardo Truda
·    História da Grande Revolução - Alfredo Varella
·    Assim na Terra - Luiz Sergio Metz
·    Um Castelo no Pampa - Luiz A. de Assis Brasil
·    Contos Completos - Sergio Faraco
·    Contos Reunidos - Moacyr Scliar
·    Viagem às Missões Jesuíticas e Trabalhos Apostólicos - Pe. Antônio Sepp
·    Garibaldi e a Guerra dos Farrapos - Lindolfo Collor
·    O Rio Grande do Sul - Wolfgang Hoffmann Harnisch





  1. Jogos tradicionalistas Gaúchos: 


  2. Jogo do Osso 
     

        Escolhe-se um chão parelho, nem duro, que faz saltar; nem mole, que acama; nem areento, que enterra o osso.
        É sobre o firme macio, que convém. A cancha com uma braça de largura, chega, e três de comprimento; no meio bota-se uma raia de piola (cordão, barbante), amarrada em duas estaquinhas ou mesmo um risco no chão, serve; de cada cabeça da cancha é que o jogador atira, sobre a raia do centro: este atira daqui para lá, o outro atira de lá pra cá.
        O osso é chamado de taba, que é o osso do garrão de rês vacum. O jogo é só de culo ou suerte. Culo é quando a taba (o osso) cai com o lado arredondado pra baixo; quem atira assim perde logo a parada. Suerte é quando o lado chato fica embaixo: ganha logo e sempre.
       Quer dizer: quem atira culo perde, se é suerte ganha e logo arrasta a parada.
        Ao lado da raia do meio fica o coimeiro que é o sujeito depositário da parada e que a entrega logo ao ganhador. O coimeiro também é quem tira o baralho - para o pulpeiro (dono da pulperia, taberna ou botequim). Quase sempre é algum aldragante (vagabundo) velho e sem-vergonha, dizedor de graças.

    Sete-Em-Porta

        Jogo de cartas, variante do monte. Joga-se com vinte e um ou mais baralhos, em uma caixa da qual o banqueiro tira duas cartas, fazendo-se nestas as apostas. Não ficando reservada ao banqueiro nenhuma carta, a vantagem dele consiste em pagar apenas 50% das apostas quando a carta sai em porta, quer dizer, quando é a primeira a ser tirada, e, além disso, em ganhar, em tal caso, o total apostado na outra carta.

    Truco
     
       Jogo de cartas entre dois ou quatro parceiros, cada um dos quais recebe três cartas. Quando é apenas entre duas pessoas chama-se truco de mano.

    Bocha
      

        Este jogo consiste em arremessar, desportivamente, bochas (bolas) de madeira ou de resina sintética, sobre uma cancha de terra batida. Numa disputa, entre duas pessoas, visa-se o lugar mais próximo ao "balim" (pequena bocha), concorrido com arremessos de 4 bochas cada jogador e a posterior contagem dos pontos.
    Inicia-se a jogada com o arremesso do balim pelo jogador que logrou mais pontos na partida anterior. Cabe-lhe, igualmente, o direito de arremessar a primeira bocha. Quando um está no "ponto" (mais próximo do balim), faz com que seu adversário jogue suas bochas até conseguir lugar mais próximo ou acabe as suas bochas.
    O jogo de bocha foi trazido para o Rio Grande do Sul, provavelmente pelos italianos, que têm como seu esporte favorito. O surgimento deste jogo foi na Espanha, onde camponeses espanhóis jogavam com bochas de "pedra-sabão". Posterior aos anos 60, veio a utilização do cerne de madeira, quando o pau-ferro, extremamente duro e pesado, teve o grande domínio das canchas de bochas.

    O jogo de bocha não é tão antigo em nossos pampas, porém é de profunda aceitação em todas as regiões. Os italianos levaram-no para todas as suas colonizações. Este jogo não guarda marcas de machismo. Não disputa coragem nem agilidades. Disputa, desportivamente, a firmeza e o tenteio do pulso, no "arrime" ou precisão de um "tiro", no "bochaço". Antigamente eram permitidas as "lagarteadas" - arremesso livre das bochas pelo ar, invés de rolar. Hoje as regras determinam distâncias específicas para as áreas a serem atingidas pelos bochaços.
    copiado de ABC do Tradicionalismo Gaúcho, de Salvador Fernando Lamberty, ed. Martins Livreiro (recomendo)
Boa Segunda-feira a todos e um ótimo inicio de semana!!!



  1. Algumas das Danças Tipicas do Rio Grande do Sul:
  2.  Valsa
     O compasso ternário como dança é muito antigo. Originária das danças tirolezas austríacas. Entretanto com o título de valsa somente aparece no Séc. XVII e se realiza nos bailados de óperas no Séc. XVIII. Chega ao seu apogeu no Séc. XIX, com as "Valsas Vienenses" estilizadas pelos músicos e compositores da famílias Strauss.
    Veio para o Brasil nos fins do Séc. XVIII era conhecida "valsa figurada", trazida pelos portugueses. No Séc. XIX foi difundida e dançada a valsa de par com todas as pompas do Reino e do Império. Hoje, no sul do país a valsa ganhou seu estilo próprio, ritmo e dança. Adaptou-se aos costumes e maneiras do peão gaúcho.
      Xotes


    Link dança xote:
     Dança de salão originária da Hungria. O "Schottisch" invadiu a França, Alemanha e Inglaterra no Séc. XIX. 
    Apareceu no Brasil no período Regencial e foi moda no Segundo Império. De norte a sul o chotes é uma dança muito popular, cantado ou somente em solo instrumental. 
    É dançado em pares com três passos comuns diferentes: um e um, dois e dois ou dois e um. 
    No Rio Grande do Sul, além dos passos comuns, dança-se o chotes marcado e também, principalmente, entre os descendentes da imigração açoriana, dançam o chotes afigurado sem limites de passos e figuras. 
    Em Santa Catarina também é dançado os passos comuns, chotes afigurado, chotes marcado e chotes contra-passo.
    No Paraná, além dos passos comuns é mais dançado o chotes marcado, ou seja: uma marcação e um valseio de um em um passo.
    Nas colônias de origem alemã e italiana dança-se chotes de carreirinha e chotes de quatro passos.
      Milonga
     Dança argentina ao som de guitarras muito popular no Uruguai de onde entrou para o Brasil. Hoje aculturada no pampa gaúcho, faz parte do acervo musical do sul brasileiro.
      Rancheira
     Dança de origem árabe. Trazida e estilizada na Argentina. No rio Grande do Sul o ritmo é mais vivo e a coreografia mais saltitante, estilo popular.
      Vanera
    Vanera e vanerão:
     Habanera ou Havanera - dança e canto popular originária de Havana - Cuba. Ritmo em 2/4 sendo o primeiro tempo forte e bem acentuado. Música popular em quase todos os países espano-americanos.
    No Rio Grande do Sul foi muito usada pelas Bandas das colônias de imigração italiana. Nos campos, os gaiteiros gaúchos denominavam de "vanera" e fez deste ritmo o mais amplo repertório para animação de fandangos, bailantas e festas gauchescas.
      Bugio
    Dança do Bugio:
     "BUGIU" de Bugio - ritmo gaúcho de origem muito remota - fins do Séc. XIX. Dança de peões com chinas indígenas, sob qualquer som musical da época. No início do Séc. XX já era dançado ao som de gaitas de botão, mas ainda como dança não social. Na década de 50 o bugiu foi requintado com arranjos de gaitas apianadas e na década de 60 passou a Ter letra própria enfocando a presença do macaco bugio no contexto da letra. Hoje o Bugiu é dança de salão e deu origem a grandes festivais como "Ronco do Bugiu" em São Francisco de Paula e "Querência do Bugiu" em São Francisco de Assis.
     Fonte: livro SOM BERTUSSI, Adelar Bertussi e Waldir Teixeira 
     Chimarrita
     Quando os colonos açorianos, na segunda metade do século XVIII, trouxeram ao Rio Grande do Sul a "Chamarrita", esta dança era então popular no Arquipélago dos Açores e na Ilha da Mandeira. Desde a sua chegada ao Rio Grande do Sul, a "chamarrita" foi-se amoldando às subsequentes gerações coreográficas, e chegou mesmo a adotar, em princípios de nosso século, a forma de dança de pares enlaçados, como um misto de valsa e chotes. Do Rio Grande do Sul (e de Santa Catarina) a dança passou ao Paraná, a São Paulo, bem como às províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios, onde ainda hoje são populares as variantes "Chamarrita" e "Chamame". A corruptela "Chimarrita" foi a denominação mais usual desta dança, entre os campeiros do Rio Grande do Sul.
    Coreografia: Em seu feitio tradicional, é dança de pares em fileiras opostas. As fileiras se cruzam, se afastam em direções contrárias e tornam a se aproximar, lembrando as evoluções de certas danças tipicamente portuguesas.
      Pézinho

     O "Pézinho" constitui uma das mais simples e ao mesmo tempo uma das mais belas danças gaúchas. A melodia, muito popular em Portugual e Açores, veio a gozar de intensa popularidade no litoral dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    É necessário frisar que o "Pézinho"é a única dança popular rio-grandense em que todos os dançarinos obrigatoriamente cantam, não se limitando, portanto, à simples execução da coreografia.
    Coreografia: Na primeira figra, há uma marcação de pés, e na segunda os pares giram em redor de si próprios, tomados pelo braço.
      Rancheira de Carreirinha
     A "Rancheira" constitui uma variante pampeana da "Mazurca".
     Anú
     Dança típica do fandango gaúcho, o "Anú" divide-se em duas partes totalmente distintas: uma para ser cantada, e outra para ser sapateada. Aproxima-se bastante da "Quero-Mana", principalmente pelo passeio cerimonioso que os pares realizam. O período que o "Anú" gozou de maior popularidade, no Rio Grande do Sul, foi em meados do século passado. A partir daí - tal como ocorreu com as demais danças de fandango - foi cedendo lugar às danças de conjunto que surgiam, ou se amoldou às características desta nova geração coreográfica: daí haverem surgido variantes como o "anú de cadena", com nítida influência das danças platinas sob comando. Em princípios deste século já estava em desuso na campanha rio-grandense, permanecendo vestígios, entretanto, nos bailes dos mais afastados rincões da Serra Geral.
    Coreografia: O Anú é legítima dança de pares soltos, mas não independentes. É dança grave (na parte cantada e nos passos cerimoniosos) mas ao mesmo tempo viva e algo pantomímica (mais usuais) que compõe o "Anú" rio-grandense; cada figura pode ser mandada repetir, pelo marcante, à voz de "Outra vez que ainda não vi!"
      Tatú
     O "Tatú" era uma das cantigas do fandango gaúcho (entremeiadas de sapateado). Mesmo após o desaparecimento das danças sapateadas, continou o "Tatú" a existir, sob a forma de uma "décima" popular em todo o Rio Grande do Sul (chama-se "décima", neste estado, a uma história contada em versos). Devido à popularidade com que se cantou a história do Tatú, no Rio Grande do Sul, observou-se, nessa dança do fandango, algo bastante curioso: chegou uma época em que o sapateado passou a se executar simultaneamente com a execução do canto - numa exceção à regra geral de que o canto interrompe a dança no fandango.
    Coreografia: Na primeira parte, os pares, soltos, sapateiam; e na segunda parte, cada par se toma por uma das mãos, para que a mulher gire em torno do próprio corpo ("voltinha-do-meio").
    Fonte: Mitos e Lendas do RS, Antonio Augusto Fagundes, ed. Martins Livreiro


FILME O TEMPO E O VENTO 

     O filme O TEMPO E  O VENTO, é um filme muito importante sobre a história do começo do Rio Grande do Sul, e traz bem como era antes, o que acontecia, ele demonstra muito bem a realidade das pessoas e do Rio Grande do Sul no inicio da colonização. Demonstra muito bem como era as guerras, como eram feito o alimento. Narra a saga da família Terra Cambará e, através dela, a história da colonização do Rio Grande do Sul.

sexta-feira, 22 de junho de 2012


SEMANA FARROUPILHA

     À meia-noite do dia 7 de setembro de 1947 nasceu a chama crioula, iniciativa deste grupo de estudantes para homenagear os soldados mortos na Revolução Farroupilha e na Segunda Guerra Mundial. A chama crioula que acabava de nascer significava a liberdade e a confraternização entre os povos do mundo.
    No dia 11 de dezembro de 1964, através da Lei 4.850, a Assembléia Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, oficializou a ronda gaúcha, com o nome de Semana Farroupilha. O período de comemoração passou a ser de uma semana, do dia 14 à 20 de setembro.
    Em 1996 , através de lei federal, o dia 20 de setembro foi oficializado o dia do gaúcho ou dia da liberdade, no qual são homenageados os heróis da Revolução Farroupilha.
   Na Semana Farroupilha é intensa a programação dos CTG’s no Brasil e em outros países. No dia 14 de Setembro a chama crioula chega na maioria dos 2500 CTG’s espalhados por todo o Brasil.
A chama vai ao Parque da Harmonia, no centro de Porto Alegre, onde ficam acampados centenas de CTG’s, durante a Semana Farroupilha. A chama crioula vai também ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado. O próprio governador acende o candeeiro com a chama crioula, a qual ficará guarnecida por soldados da Brigada Militar até o dia 20 de Setembro.
    Durante a Semana Farroupilha são realizados estudos, palestras, atividades campeiras, culturais e também grandes bailes gauchescos.
    O Rio Grande do Sul, sob a magia e o encanto de suas belas paisagens, nos oferece um riquíssimo folclore. Tão grande acervo brotou da convivência do homem do campo às margens da fronteira, mesclado com as raças do litoral, comungado com a farta dádiva da natureza criadora.
  O folclore gaúcho é seiva da hospitalidade do povo rio-grandense, onde germinam usos e costumes espontâneos.
    O folclore gaúcho tem o gosto marcante do chimarrão, a alegria contagiante dos fandangos e o olhar matreiro do Cruzeiro do Sul.


OS COSTUMES DO GAÚCHO
"Gaúcho, forte e ágil, sua arma é o laço, que atado a cincha do lombilho, o braço campeiro, boleia e arremessa com vigor o seu potente laço. Simples e ingênuo, desfaz as sugestões de desprezo, porque a liberdade é a mais alta afirmativa da natureza humana".

Os hábitos do gaúcho são em geral ligados à vida no campo. Os mais conhecidos são:
       É ágil no uso do laço – o gaúcho sabe laçar um cavalo ou um boi usando o laço, feito de couro trançado.
Ser condutor de gado, ou seja, tropeiro - normalmente esse trabalho é realizado por um peão tanto de dia como à noite, faça sol ou faça chuva, esteja nevando ou soprando o minuano.
     Fazer do cavalo um companheiro – o gaúcho procura nunca se separar do cavalo, animal introduzido, no nosso rincão gaúcho, através das Missões, pelos padres jesuítas. 



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Luiz Marenco - Batendo Agua


 Vestuária Gaúcha: 

Trajes típicos de prenda e peão, em desfile na Semana Farroupilha, Porto Alegre.
Os gaúchos usam as roupas originárias da Europa e Oriente Médio , como para peões bombacha e  vestidos  e saia para prendas, sendo que hoje menos de 50 % da população gaúcha usa a vestimenta. A bombacha é muito utilizada nas regiões da campanha, pampa e dos campos de cima da serra. Usa-se normalmente os trajes típicos nas festividades. 



Pilcha Masculina:


1.Bombacha : Tem que de cós largos, sem alças para a cinta e com dois bolos grandes nas laterais. Quando na festiva, tem cores claras, cóbrias e escuras para viagens ou trabalho.

2.Camisa : Cores cóbrias ou claras, com padrão lico ou riscado discreto. Para ocasiões informais ou de lazer tem mangas curtas.

3.Lenço : Existem diversos tipos
-Comum : Simples e ximango
-Farroupilha : Três-galhos, amizade, saco-de-touro    

-Pachola : 2 posições - destro e canhoto
-Republicano: Borboleta e dois-topes
-Quadrado: Quatro-cantos, rapadura e maragato
-Namorado: 3 posições - Livre, querendão e apaixonado
-Crucifixo: Religioso

4.Outros : Pala, Bota, Guaiaca, Esporas, Tirador, Colete, Capéu e barbicacho, Paletó, Faixa, Faca



Pilcha Feminina 
1.Traje : Vestido, saia e casaquinho, de uma ou duas peças, com a barra da saia no peito do pé. Pode ser godê, meio-godê, em panos, em babados, ou evasês.

2.Meias : Devem ser longas, brancas ou beges, para moças e senhoras, admitindo-se as coloridas discretas para as gurias

3.Acessórios

Permitidos - Fichu de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, chale, brincos discretos, anéis, camafeu ou broche, capa de lã ou seda, leque, faixa de prenda ou crachá, chapéu.

Não permitidos - Brincos de plástico ou similar colorido, relógios e pulseiras, luvas ou meia-luvas e colares. Sombras, batons ou unhas coloridas em excesso, sapatilhas amarradas nas pernas, saias de armação com estruturas rígidas.

4.Cabelo : O cabelo é preso pela medade, para as guriazinhas, e para senhoras e moças é feito um cóque, mas sempre com uma "presilha"

5.Outros : Bombachinha, Sapatos, Saia de armação

Para o Gaúcho ser feliz é preciso ter: um chimarrão, um bom cavalo crioulo, um cachorro companheiro e uma bela chinoca como companheira.

Chimarrão Bebida apreciada pelos gaúchos

   Chimarrão: é uma infusão de erva-mate verde seca e moída, tomada com água quente em cuia de cabaça ou porongo, bebida por uma bomba de bambu ou metal.
   Costuma-se tomar o chimarrão ao amanhecer, antes das refeições e ao entardecer para conversar e contar anedotas. Toma-se em rodas de amigos ou sozinho.
   Diz o ditado popular que o chimarrão emagrece.
  De autoria Própria




Curiosidades sobre a culinária do Gaúcho:

No rio Grande do Sul a culinária é rica em calorias, repletas de carnes gordas, carreteiros bem fortes e sopas quentes, dão animo para enfrentar um frio intenso, que judia os Gaúchos nós invernos rigorosos do Sul do País.  Temos também como tradição a carne de charque,e o churrasco prato típico do gaúcho, presente nos finais de semana e em dias festivos.
Outros pratos, como o feijão mexido (feijão misturado com farinha de mandioca), o quibebe (purê de moranga), a "roupa velha" (sobras de carne com ovos mexidos), o "espinhaço de ovelha", o charque com mandioca, a paçoca de pinhão com carne assado, a couve refogada, o arroz com galinha, o "puchero" (cozido de carne com legumes) e o peixe, fazem parte da culinária rio-grandense. Além disso, os pratos feitos por gaúchos caçadores envolvem perdizes, patos e animais de médio porte, como a cutia e o capincho.

Pratos Característicos do Gaúcho:

Arroz Carreteiro:

Ingredientes
  • 1/2 kg de charque
  • 1/2 kg de arroz
  • 1 cebola
  • 3 dentes de alho
Modo de preparar
A preparação: Aferventar o charque, trocando uma vez a água. Se o charque for caseiro, basta deixar 5 horas de molho. Picar o charque em guisado médio e colocar na panela para fritar. Se o charque for gordo, colocar menos gordura. Esmagar o alho e picar juntamente com a cebola. Quando o charque estiver bem dourado, colocar a cebola e o alho picados para fritarem. Juntar o arroz e deixá-lo fritando um pouco. Colocar água fervendo até dois dedos acima do arroz. Provar o sal e cozinhar em fogo baixo.

Puchero

Para 12 pessoas

Ingredientes

  • 3kg de carne de peito
  • 1 rabada
  • 1 kg de lingüiça
  • 1 kg de batata inglesa
  • 1 kg de batata doce
  • 1 kg de aipim
  • 6 espigas de milho
  • 2 couve-flor
  • 1 kg de abóbora
  • 1 molho de cenoura
  • 1 molho de nabo
  • 5 chuchus
  • 1 repolho grande
  • 3 molhos de couve
  • 6 tomates sem pele
  • 6 cebolas
  • 2 molhos de tempero verde
  • 2 pimentões
  • 4 pimentas verdes
  • 1 kg de farinha de mandioca


Modo de preparar

Ponha uma panela grande ao fogo, com água pela metade, 3 colheres de sopa de sal, as cebolas, os tomates, os pimentões cortados em 4 pedaços, as pimentas verdes cortadas ao meio e deixe levantar a fervura. Corte a carne de peito em toletes médios, a rabada na junta e a lingüiça em pedaços de 3 dedos e coloque na panela. Depois de 20 minutos, coloque a batata doce, se for grande, cortada em 4 pedaços, se for pequena, em dois, a cenoura cortada em dois pedaços, o milho verde quebrado em dois, o nabo cortado ao meio, o chuchu cortado em 4 e o aipim em pedaços de 4 dedos.
Deixe fervendo por mais 20 minutos e coloque a abóbora em pedaços médios e a batata inglesa cortada ao meio. Tenha à mão 3 bacias ou formas onde colocará os ingredientes que deverão ser retirados assim que forem ficando prontos. As carnes, os legumes e as verduras, separadas em cada recipiente. Por último, coloque a couve-flor sem o talo, porém não muito desfeita, o repolho desfolhado e a couve sem o talo. Verifique e corrija o sal sempre que necessário. Quando estiver tudo cozido, retire a panela do fogo e vá colocando a farinha de mandioca lentamente, mexendo sempre, até conseguir um pirão no ponto médio, mais para duro. Esquente os recipientes e sirva em pratos separados.






Churrasco
Ingredientes:
1 quilo de lombo cortado em bifes ou 1 e ½ quilo de bisteca de filé, com osso
6 colher de (sopa) de vinho tinto
1 pimenta vermelha picada
1 colher de (sopa) de sal

Modo de preparo
Temperar de véspera, toda a carne, bife por bife, com uma mistura de sal, óleo, vinho e pimenta. Deixar a carne de molho até a hora de grelhar. Cuidar para que a brasa não esteja muito forte, para que a carne asse por inteiro. Enquanto a carne estiver assando, regue-a (com uma colher), com o resto do molho em que ela foi temperada. Depois de pronta, sirva-a com o molho de churrasco.













Mais algumas sugestões:
http://www.paginadogaucho.com.br/culi/


http://www.amigosdatradicao.com.br/?pg=23


http://www.livrodereceitas.com/tipicas/gaucha/index.html




O que é anedota?
As anedotas são pequenas histórias de final engraçado e muitas vezes surpreendente.
O gaúcho é um povo que adora contar anedotas!
Ai vai alguma delas:
 Amor:
Poema sobre o amor, em linguagem de gaúcho, não tem floreios nem luxo.
Mas é eficiente e não deixa margem à dúvida.
Pois o amor é um fogo que o diabo atiça.
Entra pelo cú do olho E sai pelo canal da piça.


Cumprimento:


Acostuimado somente a celebrar missas de encomendação do corpo e de sete dias, o padre José, novato ainda, e um tanto distraído, celebra o primeiro casamento de sua carreira.
Faz as preces de praxe, cumprimenta os parentes dos nubentes e, como fecho de ouro, deseja aos noivos uma "morte feliz".


Mentiroso:


Dois mentirosos.
Diz o primeiro:
- Compadre, nem lhe conto.
Tinha uma vaca do vizinho que não respeitava cerca nem nada e entrava no jardim aqui de casa estragando tudo.
Acontece que eu tinha uns pés de pimenta, da brava, carregadinhos.
Sabe o que eu fiz? 
- Moí uns três quilos e botei em riba da grama.
Foi tiro e queda. A vaquita pastejou e nunca mais me apareceu.
Fui ver o que houve com a danada lá no vizinho.
Se conto tu não acredita: pimenta mais brava que essa aqui de casa, duvido!
Não é que a bichona tinha ficado diferente das outras do seu Honório: os chifres tinha retorcidos, os olhos vesgos, as ventas mais abertas, de tanto fazê careta...
O outro atochador não quis ficar pra trás. 
- Olha, compadre, mentira não é comigo.
Por isso às vezes até nem sei como contar essas coisas incríveis que acontecem na vida.
Veja só. Num Domingo de muito sol peguei o Adel e tocamos pra Caxias.
De longe, na subida da serra da serra, vimos uma máquina com rolo compressor, desgovernada, indo contra um barranco.
Fomos nos aproximando e notamos que um homem estava achatado na faixa.
Era o motorista, por cima do qual o rolo tinha passado: parecia uma folha de papel.
Pegamos ele, dobramos com jeito e colocamos na mala.
Chegndo em Caxias fomos direto à Prefeitura.
Era Domingo, estava fechada. Batemos e nada.
Aí pegamos o homem, desdobramos com jeito e metemos por debaixo da porta. 
E o primeiro compadre, refletindo, comentou: 
- Incrível, não é, compadre? Quem ouve pensa que é mentira...