segunda-feira, 25 de junho de 2012


  1. Algumas das Danças Tipicas do Rio Grande do Sul:
  2.  Valsa
     O compasso ternário como dança é muito antigo. Originária das danças tirolezas austríacas. Entretanto com o título de valsa somente aparece no Séc. XVII e se realiza nos bailados de óperas no Séc. XVIII. Chega ao seu apogeu no Séc. XIX, com as "Valsas Vienenses" estilizadas pelos músicos e compositores da famílias Strauss.
    Veio para o Brasil nos fins do Séc. XVIII era conhecida "valsa figurada", trazida pelos portugueses. No Séc. XIX foi difundida e dançada a valsa de par com todas as pompas do Reino e do Império. Hoje, no sul do país a valsa ganhou seu estilo próprio, ritmo e dança. Adaptou-se aos costumes e maneiras do peão gaúcho.
      Xotes


    Link dança xote:
     Dança de salão originária da Hungria. O "Schottisch" invadiu a França, Alemanha e Inglaterra no Séc. XIX. 
    Apareceu no Brasil no período Regencial e foi moda no Segundo Império. De norte a sul o chotes é uma dança muito popular, cantado ou somente em solo instrumental. 
    É dançado em pares com três passos comuns diferentes: um e um, dois e dois ou dois e um. 
    No Rio Grande do Sul, além dos passos comuns, dança-se o chotes marcado e também, principalmente, entre os descendentes da imigração açoriana, dançam o chotes afigurado sem limites de passos e figuras. 
    Em Santa Catarina também é dançado os passos comuns, chotes afigurado, chotes marcado e chotes contra-passo.
    No Paraná, além dos passos comuns é mais dançado o chotes marcado, ou seja: uma marcação e um valseio de um em um passo.
    Nas colônias de origem alemã e italiana dança-se chotes de carreirinha e chotes de quatro passos.
      Milonga
     Dança argentina ao som de guitarras muito popular no Uruguai de onde entrou para o Brasil. Hoje aculturada no pampa gaúcho, faz parte do acervo musical do sul brasileiro.
      Rancheira
     Dança de origem árabe. Trazida e estilizada na Argentina. No rio Grande do Sul o ritmo é mais vivo e a coreografia mais saltitante, estilo popular.
      Vanera
    Vanera e vanerão:
     Habanera ou Havanera - dança e canto popular originária de Havana - Cuba. Ritmo em 2/4 sendo o primeiro tempo forte e bem acentuado. Música popular em quase todos os países espano-americanos.
    No Rio Grande do Sul foi muito usada pelas Bandas das colônias de imigração italiana. Nos campos, os gaiteiros gaúchos denominavam de "vanera" e fez deste ritmo o mais amplo repertório para animação de fandangos, bailantas e festas gauchescas.
      Bugio
    Dança do Bugio:
     "BUGIU" de Bugio - ritmo gaúcho de origem muito remota - fins do Séc. XIX. Dança de peões com chinas indígenas, sob qualquer som musical da época. No início do Séc. XX já era dançado ao som de gaitas de botão, mas ainda como dança não social. Na década de 50 o bugiu foi requintado com arranjos de gaitas apianadas e na década de 60 passou a Ter letra própria enfocando a presença do macaco bugio no contexto da letra. Hoje o Bugiu é dança de salão e deu origem a grandes festivais como "Ronco do Bugiu" em São Francisco de Paula e "Querência do Bugiu" em São Francisco de Assis.
     Fonte: livro SOM BERTUSSI, Adelar Bertussi e Waldir Teixeira 
     Chimarrita
     Quando os colonos açorianos, na segunda metade do século XVIII, trouxeram ao Rio Grande do Sul a "Chamarrita", esta dança era então popular no Arquipélago dos Açores e na Ilha da Mandeira. Desde a sua chegada ao Rio Grande do Sul, a "chamarrita" foi-se amoldando às subsequentes gerações coreográficas, e chegou mesmo a adotar, em princípios de nosso século, a forma de dança de pares enlaçados, como um misto de valsa e chotes. Do Rio Grande do Sul (e de Santa Catarina) a dança passou ao Paraná, a São Paulo, bem como às províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios, onde ainda hoje são populares as variantes "Chamarrita" e "Chamame". A corruptela "Chimarrita" foi a denominação mais usual desta dança, entre os campeiros do Rio Grande do Sul.
    Coreografia: Em seu feitio tradicional, é dança de pares em fileiras opostas. As fileiras se cruzam, se afastam em direções contrárias e tornam a se aproximar, lembrando as evoluções de certas danças tipicamente portuguesas.
      Pézinho

     O "Pézinho" constitui uma das mais simples e ao mesmo tempo uma das mais belas danças gaúchas. A melodia, muito popular em Portugual e Açores, veio a gozar de intensa popularidade no litoral dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    É necessário frisar que o "Pézinho"é a única dança popular rio-grandense em que todos os dançarinos obrigatoriamente cantam, não se limitando, portanto, à simples execução da coreografia.
    Coreografia: Na primeira figra, há uma marcação de pés, e na segunda os pares giram em redor de si próprios, tomados pelo braço.
      Rancheira de Carreirinha
     A "Rancheira" constitui uma variante pampeana da "Mazurca".
     Anú
     Dança típica do fandango gaúcho, o "Anú" divide-se em duas partes totalmente distintas: uma para ser cantada, e outra para ser sapateada. Aproxima-se bastante da "Quero-Mana", principalmente pelo passeio cerimonioso que os pares realizam. O período que o "Anú" gozou de maior popularidade, no Rio Grande do Sul, foi em meados do século passado. A partir daí - tal como ocorreu com as demais danças de fandango - foi cedendo lugar às danças de conjunto que surgiam, ou se amoldou às características desta nova geração coreográfica: daí haverem surgido variantes como o "anú de cadena", com nítida influência das danças platinas sob comando. Em princípios deste século já estava em desuso na campanha rio-grandense, permanecendo vestígios, entretanto, nos bailes dos mais afastados rincões da Serra Geral.
    Coreografia: O Anú é legítima dança de pares soltos, mas não independentes. É dança grave (na parte cantada e nos passos cerimoniosos) mas ao mesmo tempo viva e algo pantomímica (mais usuais) que compõe o "Anú" rio-grandense; cada figura pode ser mandada repetir, pelo marcante, à voz de "Outra vez que ainda não vi!"
      Tatú
     O "Tatú" era uma das cantigas do fandango gaúcho (entremeiadas de sapateado). Mesmo após o desaparecimento das danças sapateadas, continou o "Tatú" a existir, sob a forma de uma "décima" popular em todo o Rio Grande do Sul (chama-se "décima", neste estado, a uma história contada em versos). Devido à popularidade com que se cantou a história do Tatú, no Rio Grande do Sul, observou-se, nessa dança do fandango, algo bastante curioso: chegou uma época em que o sapateado passou a se executar simultaneamente com a execução do canto - numa exceção à regra geral de que o canto interrompe a dança no fandango.
    Coreografia: Na primeira parte, os pares, soltos, sapateiam; e na segunda parte, cada par se toma por uma das mãos, para que a mulher gire em torno do próprio corpo ("voltinha-do-meio").
    Fonte: Mitos e Lendas do RS, Antonio Augusto Fagundes, ed. Martins Livreiro


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