segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que é anedota?
As anedotas são pequenas histórias de final engraçado e muitas vezes surpreendente.
O gaúcho é um povo que adora contar anedotas!
Ai vai alguma delas:
 Amor:
Poema sobre o amor, em linguagem de gaúcho, não tem floreios nem luxo.
Mas é eficiente e não deixa margem à dúvida.
Pois o amor é um fogo que o diabo atiça.
Entra pelo cú do olho E sai pelo canal da piça.


Cumprimento:


Acostuimado somente a celebrar missas de encomendação do corpo e de sete dias, o padre José, novato ainda, e um tanto distraído, celebra o primeiro casamento de sua carreira.
Faz as preces de praxe, cumprimenta os parentes dos nubentes e, como fecho de ouro, deseja aos noivos uma "morte feliz".


Mentiroso:


Dois mentirosos.
Diz o primeiro:
- Compadre, nem lhe conto.
Tinha uma vaca do vizinho que não respeitava cerca nem nada e entrava no jardim aqui de casa estragando tudo.
Acontece que eu tinha uns pés de pimenta, da brava, carregadinhos.
Sabe o que eu fiz? 
- Moí uns três quilos e botei em riba da grama.
Foi tiro e queda. A vaquita pastejou e nunca mais me apareceu.
Fui ver o que houve com a danada lá no vizinho.
Se conto tu não acredita: pimenta mais brava que essa aqui de casa, duvido!
Não é que a bichona tinha ficado diferente das outras do seu Honório: os chifres tinha retorcidos, os olhos vesgos, as ventas mais abertas, de tanto fazê careta...
O outro atochador não quis ficar pra trás. 
- Olha, compadre, mentira não é comigo.
Por isso às vezes até nem sei como contar essas coisas incríveis que acontecem na vida.
Veja só. Num Domingo de muito sol peguei o Adel e tocamos pra Caxias.
De longe, na subida da serra da serra, vimos uma máquina com rolo compressor, desgovernada, indo contra um barranco.
Fomos nos aproximando e notamos que um homem estava achatado na faixa.
Era o motorista, por cima do qual o rolo tinha passado: parecia uma folha de papel.
Pegamos ele, dobramos com jeito e colocamos na mala.
Chegndo em Caxias fomos direto à Prefeitura.
Era Domingo, estava fechada. Batemos e nada.
Aí pegamos o homem, desdobramos com jeito e metemos por debaixo da porta. 
E o primeiro compadre, refletindo, comentou: 
- Incrível, não é, compadre? Quem ouve pensa que é mentira...

Nenhum comentário:

Postar um comentário